domingo, 20 de setembro de 2009

Não há justificativa para abrir uma CPMI do MST, diz Associação de Reforma Agrária


A oposição do governo protocolou, na última quarta-feira (16), um pedido para a abertura de uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) sobre o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). O objetivo é investigar repasses do governo para o Movimento. Mas, de acordo com o presidente da Associação Brasileira de Reforma Agrária, Plínio de Arruda Sampaio, não existe justificativa para a abertura de uma nova Comissão contra os sem-terra. “Porque recentemente terminou uma CPI exatamente sobre o MST. O objeto dela já foi esgotado na CPI anterior. Há um ataque direto contra o MST por uma entidade conhecida que é a bancada ruralista. É um – vou usar a palavra certa – bando de parlamentares que tem como princípio, regra e norma, impedirem a reforma agrária no país.”Se instalada, essa será a terceira CPI no Congresso Nacional contra o MST nos últimos cinco anos. Em nota, o Movimento do Sem Terra alega que a CPMI é “uma represália às lutas dos trabalhadores do campo e à revisão dos índices de produtividade, recentemente anunciada pelo governo Lula”. Para eles, o avanço de suas conquistas incomodou setores ligados ao agronegócio do país.A senadora Kátia Abreu (DEM-TO), e os deputados federais Ronaldo Caiado (DEM-GO) e Onyx Lorenzoni (DEM-RS), líderes da bancada ruralista no Congresso, foram quem protocolaram o pedido da CPMI. Segundo Kátia Abreu, o MST “tem outras pretensões e não mais a busca por um pedaço de terra". Sampaio rebateu.“Não é verdade. Tudo o que o MST faz é dirigido para mudar a estrutura fundiária do país.”Para que a CPMI seja instalada é preciso que o presidente do Congresso, o senador José Sarney (PMDB-AP), leia o requerimento em plenário.

De São Paulo, da
Radioagência NP, Desirèe Luíse.

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