sábado, 7 de novembro de 2009

Indígenas anunciam confronto caso seja aprovada a hidrelétrica de Belo Monte

O aviso está em uma carta enviada a Lula por indígenas de pelo menos 15 etnias diferentes. O documento também foi encaminhado ao presidente da Funai

Aline Scarso, Radioagência NPIndígenas anunciaram que estão dispostos a entrar em confronto com os brancos, caso seja instalada as obras da hidrelétrica Belo Monte, no curso do Rio Xingu, no Pará. O aviso está na carta enviada ao presidente Lula por indígenas de pelo menos 15 etnias diferentes, que estiveram reunidos até segunda-feira (02) na comunidade Piaraçu, em Mato Grosso.O documento também foi enviado ao presidente da Funai (Fundação Nacional do Índio), Márcio Meira, que é favorável à construção da usina. As comunidades tradicionais acreditam que um possível confronto pode ocasionar mortes, mas não vêem alternativa diante do descaso do governo.Segundo eles, a hidrelétrica Belo Monte irá inundar suas terras, além de aumentar o desmatamento na região e alterar a vida do rio Xingu. As comunidades também não foram consultadas do projeto que irá para leilão ainda este ano.O caso de Belo Monte também foi apresentado à Comissão Interamericana de Direitos Humanos, em Washington (EUA). A Comissão irá avaliar os impactos ambientais e os prejuízos causados às comunidades afetadas.


Brasil de Fato
MST denuncia repressão à OIT

Na última segunda-feira (02), o coordenador do MST, João Paulo Rodrigues, entregou ao diretor-geral da entidade, um documento que retrata práticas de perseguição contra trabalhadores rurais

As denúncias sobre a repressão contra agricultores sem-terra no país chegou à Organização Internacional do Trabalho (OIT). Na última segunda-feira (02), o integrante da coordenação nacional do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) João Paulo Rodrigues entregou ao diretor-geral da entidade, Juan Somavia, um documento que retrata práticas de perseguição contra trabalhadores rurais, durante uma audiência em Genebra, na Suíça.

O documento também foi entregue à representante permanente do Brasil junto à Organização das Nações Unidas (ONU), a embaixadora Maria Nazareth Farani Azevêdo.

Em outubro, por iniciativa de parlamentares da bancada ruralista, foi instalada no Congresso uma comissão parlamentar mista de inquérito (CPMI) com o objetivo de investigar o repasse de recursos públicos ao MST.

Na avaliação dos sem-terras, porém, a CPMI é uma represália ao anúncio do governo federal de atualização dos índices de produtividade. Em quatro anos, essa é a terceira CPI instalada contra o MST.

“Estamos sofrendo uma perseguição política, que pretende atingir a Reforma Agrária, a organização do povo na luta por direitos e a democracia no Brasil”, declarou João Paulo.

De acordo com o documento apresentado à OIT, “se organiza esse grande quebra-cabeças que é a repressão aos movimentos sociais, em particular ao Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra no Brasil, voltado para a manutenção do desrespeito à Constituição Federal, ao Pacto Internacional dos Direitos Econômicos Sociais e Culturais e à manutenção da injustiça nas relações agrárias”.

A denúncia também lista vários crimes e violências cometidos contra os trabalhadores rurais no Brasil, tanto por atuação de pistoleiros como de agentes do Estado. Entre os casos citados estão o Massacre de Felisburgo, ocorrido em 2004 em Minas Gerais, que deixou cinco sem-terras mortos, e a morte de Elton Brum da Silva este ano, no Rio Grande do Sul, executado por um soldado da Brigada Militar.

O documento alerta ainda para outras práticas usadas pelo latifúndio contra o MST, que contribuem para a estigmatizar o movimento. "O meio utilizado para isso tem sido a articulação dos diversos elementos, promotores de justiça e magistrados vinculados ao latifúndio, parlamentares e agentes contratados da mídia".

A denúncia foi apresentada em parceria com dirigentes das centrais sindicais brasileiras (CUT, CTB, Força Sindical, UGT, NCST e CGTB), que entregaram uma denúncia contra procedimentos do Ministério Público do Trabalho.

Com essa iniciativa, o MST começa uma campanha internacional contra a perseguição aos movimentos sociais por setores do Poder Judiciário, do Congresso Nacional e da mídia corporativa.

Agência Brasil de Fato



terça-feira, 3 de novembro de 2009





O São Raimundo do Pará conquistou, após vencer de virada, o Macaé por 2 a 1 no estádio Colosso do Tapajós. O título do primeiro Campeonato Brasileiro da Série D da história.


Os dois gols marcados no estádio Raulino de Oliveira, no RJ, colaboraram com o título, já que o resultado agregado foi de empate e a Pantera levou o caneco por ter marcado mais gols fora de casa que o adversário.


Foram 17.582 pessoas que pagaram ingresso para assistir a partida. Os jogadores agradeceram o apoio dos torcedores, que lotaram o Colosso do Tapajós: "a torcida está de parabéns! Todo mundo teve uma parcela de colaboração!", afirmou João Pedro, lateral do São Raimundo.Foi a primeira edição da história da Série D do Campeonato Brasileiro.


Além de São Raimundo e Macaé, finalistas, Alecrim e Chapecoense também conseguiram o acesso à 3ª divisão do futebol nacional.


O JOGO


Quem tomou conta do início da partida não foi nem o Macaé nem o time da casa, e sim o nervosismo. Em desvantagem no placar, o São Raimundo partia para cima, mas não chegava com muito perigo. Já o Macaé buscava sair nos contra-ataques. Porém, não encontrava espaços na zaga do São Raimundo.


Com um primeiro tempo de poucas chances, o resultado não poderia ser outro ao intervalo. O empate de zero a zero persistia no placar.Na segunda etapa, as equipes voltaram decididas a matar o jogo. E, dando pinta de que conquistaria o título ali, o Macaé abriu o placar aos 16 minutos da etapa final. Léo Santos aproveitou bobeada da zaga e completou para o gol: Macaé 1 a 0.


O gol calou os torcedores da Pantera mas não abalou os jogadores, que chegaram ao empate onze minutos depois. Após bela triangulação, Michel empatou o jogo para o São Raimundo: 1 a 1. E a torcida mocoronga teve motivos para comemorar, pois dois minutos depois, Rafael Oliveira virou o jogo e deu o título aos paraenses: 2 a 1, placar final.


Ficha Técnica


São Raimundo 2 x 1 Macaé (agregado: 5x5 / gols fora: 2x1)


Árbitro: João Alberto Gomes Duarte (FNF-RN)

Assistentes: Luiz C. Bezerra e Isac Marcio da Silva

Público: 17.582 pagantes / Renda: R$ 277.000,00


São Raimundo-PA: Labilá; Ceará (Sidivan), Preto Marabá, Filho e João Pedro; Marcelo Pitbull, Beto, Luís Carlos Trindade (Elcio) e Michel; Rafael Oliveira (Amaral) e Déo Curuçá. Técnico: Lúcio Santarém.


Macaé: Lugão; Willian, André, Otávio e Vanderson (Jonatan); Gedeil, Anderson, Leo Santos (Tchô) e Wallacer; Bruno Luís e André Gomes (Steve). Técnico: Toninho Andrade.